Histórico dos grupos PET
Implantado pela Capacitação de Pessoal para o Ensino Superior (CAPES) nas Universidades Públicas desde 1970, o Programa Especial de Treinamento (PET, como foi conhecido ate 1999) se estende ate as Universidades privadas, e em 1991 a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) é contemplada com a criação de quatro grupos dessa modalidade. Esses quatro primeiros Grupos foram criados nas Faculdades de Biociências, Letras, Psicologia e Informática.
Tal implantação é o resultado dos esforços do então professor Urbano Zilles que viu no Programa uma oportunidade de estudos avançados aos alunos enquanto graduandos, cuja corrida pela implantação dos Grupos PET na PUCRS está expressa nas palavras que seguem:
Por acaso, em 1990, em visita a CAPES em Brasília, descobri a existência do PET, destinado a alunos de graduação. Retornado a PUCRS, logo estimulei as Direções das Faculdades a concorrerem para este Programa. A meu ver trata-se de um dos Programas mais completos para a formação de lideranças acadêmicas e docentes. Seu objetivo é preparas docentes com abertura e dedicação a pesquisa. Pena que não foi ampliado para mais Faculdades.
Em 1999 a responsabilidade dos Grupos passa a ser da secretaria de Ensino Superior (SESu), época pela qual o Programa troca de nome , passando a se chamar de Programa de Educação Tutorial (PET). Internamente, passa a ser gerenciado pela Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, coordenada pelo professor Francisco Alfredo Garcia Jardim que faz questão em manter a continuidade desses Grupos. Tal passagem é comentada pelo professor Francisco Alfredo Garcia Jardim a seguir:
Em 1999 (...) recebi a incumbência de gerenciar o Programa Especial de Treinamento. Nessa época o Programa estava imerso numa crise de sobrevivência, devido a mudança que o MEC pretendia realizar na estrutura do mesmo. Conciso da importância do Programa para a qualificação dos estudantes de graduação atribui ao Setor Didático Pedagógico a responsabilidade pela administração do mesmo. Foram inúmeras as ações nas quais a PUCRS se envolveu para evitar que o PET fosse extinto. Foi uma época de muita mobilização e união, em que esta Universidade esteve aberta para encontros sistemáticos com grupos de ouros IES, (...), numa ação conjunta de articulação pela não eliminação de um Programa de excelência.
Uma vez que viu nesse Programa a formação de alunos diferenciados dos bolsistas de Iniciação Científica que estão centrados apenas em atividades de pesquisas, os petianos além desta, atuam em outras áreas, contemplando o tripé exigido pelo MEC: pesquisa, ensino e extensão. Por isso o alto nível requerido a esses bolsistas.